sábado, 10 de abril de 2010

Cachaça Leblon e a dignidade da caipirinha

Desde a sua composição original do século 18, a caipirinha vem sofrendo modificações em métodos, ingredientes e técnicas para a preparação. Como já escrevi em outro artigo Controvérsias de uma Caipirinha, já tiraram o alho e o mel da caipirinha, já adicionaram gelo, já colocaram lima da pérsia ao lado do limão, o açúcar já foi mascavo e hoje é branco, já tiraram o limão e colocaram morango, já combinaram o morango com o manjericão e combinaram tudo isso com o sakê. Ufa, bebida de mutação. Ou bebida de brasileiro? Brasileiro não lembra um pouco tudo isso, mutação, miscigenação...aceitação?
O que me encanta e muito é que enquanto essa transformação acontecia a cachaça ganhava espaço no mundo e em consequência a caipirinha se consolidava como um dos três drinks mais consumidos.
Mas, eis que surge a Cachaça Leblon, que particularmente gosto muito, com a campanha SAVE THE CAIPIRINHA para nos mostrar que temos todas as opções acima, mas Caipirinha mesmo, é bom com cachaaaça. As vezes nos esquecemos disso, as vezes até nos envergonhamos disso (povo besta né), mas a caipirinha nasceu para a cachaça e a cachaça para a caipirinha. Ponto.
Chamaram um exército de aliados que vão desde o chef Alex Atala à bartender Luciula Martins,levantaram bandeiras em Nova York e defendem até que a morte os separem o Manifesto da Caipirinha. Caso vocês também o queiram fazer, assinem no site acima.
Ponto para a marca, que diferente de outras cachaças, se posiciona na essência da cultura da cachaça, referência para o mundo atualmente.
E lá vamos nós de novo mudar de copo, porque assim somos nós.

Porque assim como o bairro que leva seu nome, a diferença mora ao lado e convivem bem na medida do quanto se necessitam. Obrigado Leblon!
Um abraço,
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